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Idoso está há 23 dias preso em cisterna na Bahia: família não tem mais esperança

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O idoso de 77 anos que ficou preso em uma cisterna enquanto fazia obras dentro de um reservatório localizado em Rio Real, cidade a 204 quilômetros de Salvador, está preso no local há 23 dias. Uma das sobrinhas da vítima diz que ainda não desistiu de tirar o tio, mas acredita que ele não está mais vivo.

“Não temos mais esperanças que ele esteja vivo por conta da idade. A gente quer tirar o corpo dele para dar um enterro digno”, disse Fernanda Silva. O caso ocorreu em 20 de janeiro e, até esta sexta-feira (12), o homem estava preso no local que possui cerca de 25 metros de profundidade.

Quando a situação ocorreu, o Corpo de Bombeiros tentou fazer o resgate, mas por conta da instabilidade no solo e na cisterna, não houve possibilidade de tirar o idoso do local.No dia 29 de janeiro, a Defesa Civil do Estado acionou o engenheiro e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Luís Edmundo Campos, que foi analisar a situação em Rio Real. De acordo com o ele, a realização do resgate é complicada e serão necessárias outras intervenções no local além disso, o terreno é instável.

“Se um bombeiro tentar fazer o resgate pode ocorrer outro acidente. A Defesa Civil estadual solicitou minha ida à cidade e emiti um relatório para que eles pudessem fazer o resgate do corpo. O que foi definido, não tive notícias.

Sugeri dois caminhos para o resgate, fazer uma escavação externa para ter condições dos bombeiros retirarem o corpo em uma condição favorável e a de colocar um tubo internamente.

Só que para não comprometer a estrutura do local, o tubo só poderia ter 70 centímetros de diâmetro e, assim, seria complicado tirar uma pessoa nessas condições, seria complicado para os bombeiros”, explicou.

Conforme a sobrinha da vítima, o idoso era bastante conhecido na cidade e alguns moradores se propuseram a ajudar. “Meu tio fazia trabalhos para todos aqui na cidade, fico triste porque ele ajudava todo mundo e quando foi ele que precisou de ajuda, muitos deram as costas.

Ainda bem que alguns empresários daqui da região se comoveram e disseram que se for necessário pagam a hora [de trabalho] da retroescavadeira, mas eles precisam ser coordenados, saber o que deve ser feito e isso ninguém disse a gente ainda”, relatou Fernanda. A reportagem também entrou em contato com a prefeitura de Rio Real, mas não obteve retorno. *Informações do G1