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Jim Carrey está tão bravo com Facebook que vendeu suas ações por quase nada: por quê?

O ator e humorista Jim Carrey tem sido uma voz importante em questões da sociedade: já questionou o sentido da vida e deu as caras sobre sua batalha contra a depressão. Agora, o artista canadense anunciou que encerrou sua conta no Facebook e que se livrou das ações da empresa de Mark Zuckerberg. Mas por que Carrey tomou tal decisão?

CARREY CRITICA INTERFERÊNCIA RUSSA NO FACEBOOK

Em seu perfil no Twitter, Jim Carrey anunciou ter largado de vez o Facebook. “Estou me desfazendo de minhas ações do Facebook e excluindo minha página porque o Facebook se beneficiou da interferência russa em nossas eleições e eles ainda não estão fazendo o suficiente para detê-la. Eu encorajo todos os outros investidores que se preocupam com nosso futuro a fazer o mesmo”, escreveu o ator, que lançou a hashtag #unfriendfacebook. Posteriormente, o artista canadense se pronunciou à rede de comunicação norte-americana CNBC. “Devemos encorajar mais supervisão dos proprietários dessas plataformas de mídia social”, disse Carrey em referência à ação dos donos da maior rede social do planeta. “Isso deve ser tratado de forma mais responsável. O que precisamos agora são investidores ativistas para enviar uma mensagem de que é necessário ser responsável. O que o mundo precisa agora é do capitalismo com consciência”, completou.

O MOTIVO DA REVOLTA DO HUMORISTA

Não é a primeira vez que Jim Carrey se posiciona sobre questões da política norte-americana. Em seu perfil no Twitter, seguido por mais de 17,5 milhões de pessoas, ele vem constantemente criticando o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. E foi a eleição do republicano que se tornou o estopim de sua relação com o Facebook.  De acordo com a agência de notícias Reuters, em outubro de 2017, o Facebook informou que grupos russos publicaram cerca de 80 mil posts durante dois anos na rede social com o objetivo de influenciar a política dos EUA – o que teria culminado na vitória de Trump nas eleições daquele ano. Os posts teriam sido recebidos por 29 milhões de americanos e 126 milhões de cidadãos do país podem ter visto no mínimo um deles. Publicados entre junho de 2015 e agosto de 2017, as publicações se concentravam em temas que dividem a opinião pública da sociedade norte-americana, como casamento homoafetivo, aborto, controle de porte de armas e políticas assistencialistas. (Com informações de Luiz Felipe Silva/Vix.com)