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ITABUNA – JUIZ DETERMINA QUEBRA DE SIGILOS DE TRÊS VEREADORES ENVOLVIDOS COM “ROBALHEIRA”

Loiola, Roberto e Bacelar: sigilos quebrados (Montagem A Região).

Do Pimenta

O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Itabuna, Gustavo Pequeno, determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos vereadores Roberto de Souza (PR), Ricardo Bacelar (PSC) e Clóvis Loiola (PSDC) ao atender pedido do Ministério Público Estadual. A quebra também atinge ex-assessores e empresários envolvidos em um esquema que pode ter desviado até R$ 2,8 milhões dos cofres públicas.

Conforme noticia o jornal A Região, o magistrado determina que o Banco Central do Brasil encaminhe, sigilosamente, as informações das transações bancárias do ex-primeiro secretário Roberto de Souza, do ex-presidente da Câmara Clóvis Loiola de Freitas e do ex-2º secretário Ricardo Bacelar.

O magistrado deu prazo de dez dias ao Banco Central para que encaminhe as informações “acerca da existência de contas corrente, poupança ou aplicações financeiras em nome dos requeridos, bem como ao Banco do Brasil, para que forneça os extratos bancários relacionados à conta indicada”.

Gustavo Pequeno também determinou à Receita Federal que forneça, no mesmo prazo, cópias das declarações de renda de 2009 e 2010 dos acusados, para verificar possível evolução patrimonial. Além dos vereadores, são investigados o ex-chefe do setor de Recursos Humanos, Kleber Ferreira da Silva, o ex-diretor administrativo da Câmara de Itabuna, Alison Cerqueira Rodrigues e o ex-chefe de gabinete do vereador Loiola, Eduardo Menezes.

Outros atingidos pela decisão de quebra de sigilos bancário e fiscal são Antônio José Pinto Muniz e José Rodrigo Júnior, ocupantes de cargos comissionados, e o empresário Rui Barbosa Silva, da agência de publicidade Mozaico Fábrica de Resultados. Os acusados têm prazo de 15 dias para defesa.

No dia 26 de janeiro deste ano, o magistrado determinou o afastamento dos três vereadores. Roberto conseguiu retorno por meio de recurso no Tribunal de Justiça da Bahia. Bacelar e Loiola perderam as respectivas ações no TJ-BA, mas podem voltar nesta quarta, 26, porque o afastamento solicitado pelo Ministério Público estadual foi de apenas 90 dias.