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PEDRO PARENTE, PRESIDENTE DA PETROBRÁS PEDE DEMISSÃO

A Petrobrás anuncia a demissão do presidente Pedro Parente nesta sexta-feira, 1º. O executivo esteve em reunião com o presidente da República Michel Temer no Palácio do Planalto e entregou carta de demissão (na íntegra abaixo). Em fato relevante, a companhia informa que a nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração ao longo do dia, e que a composição dos demais membros da diretoria executiva não sofrerá qualquer alteração. Segundo informou a Coluna do Broadcast na última terça-feira, 29,

Parente estaria cogitando trocar o comando da estatal pela presidência da empresa de alimentos BRF. Ele teria, inclusive, solicitado nos últimos dias para ‘segurarem’ o processo de escolha de um CEO na companhia. A possibilidade de a troca ocorrer já corria no mercado financeiro, principalmente, diante da crise gerada com a greve dos caminhoneiros e já mexeu nos papéis da própria empresa de alimentos. O ex-presidente da Petrobrás chegou a negar que tenha tido qualquer intenção de entregar o cargo.

O executivo mantinha o mesmo posicionamento frente à necessidade de continuidade da atual política de preços dos combustíveis da estatal. Na berlinda desde o início da greve dos caminhoneiros, a Petrobras chegou a sair em defesa de sua política de preços de derivados para os próprios funcionários. Em uma série de vídeos, o agora ex-presidente Pedro Parente e executivos de médio escalão de várias áreas da companhia falavam sobre estratégia de refino, formação de preço, endividamento e justificam os reajustes diários. Na prática, também rebateram alegações da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pediam “reflexão aos funcionários” sobre os movimentos recentes de caminhoneiros e petroleiros.

CARGO

Parente assumiu o comando da estatal em maio de 2016 no lugar de Ademir Bendine. Pedro Parente iniciou a carreira no setor público no Banco do Brasil, em 1971. Dois anos depois, foi transferido para o Banco Central (BC). Parente foi ainda consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de instituições públicas brasileiras, bem como da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988. Ele foi ministro durante todo o segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). Ocupou a Casa Civil até 2001 e, depois, o Planejamento. Estadão