Do Correio
O goleiro Bruno Fernandes de Souza foi condenado à prisão na madrugada desta sexta-feira (8) pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado da ex-amante e do filho Bruninho. A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues determinou uma soma total de penas de 22 anos e 3 meses – 17 anos e 6 meses destes em regime fechado. Para a leitura da sentença, o advogado solicitou que a juíza determinasse a retirada de cinegrafistas e fotógrafos do fórum, pois Bruno não quer ser filmado ou fotografado. A juíza acatou o pedido e todos os profissionais que já estavam no local foram obrigados a se retirar. A ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo, foi absolvida – a própria promotoria já havia pedido que ela fosse considerada inocente do sequestro e cárcere privado do filho de Bruno e Eliza, já que Dayanne, então esposa do goleiro, teria sido coagida a ficar com a criança. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Contagem, em Minas Gerais. Durante a leitura da sentença, a juíza classificou o caso de uma “trama diabólica” que teve “detalhes sórdidos”. Para a magistrada, ficou claro que “(ele) agiu sempre de forma dissimulada de sua real intenção” e o classificou como “mandante” do crime. “O réu acreditou que sumindo com o corpo a impunidade seria certa”, acrescentou a juíza, destacando uma “total subersão dos valores” do atleta. “A supressão de um corpo humano é a derradeira violência que faz com a matéria”, disse ainda. Bruno foi condenado por todos os crimes de que era acusado em todas as suas qualificadadoras.