O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi condenado nesta quarta (20) por crimes investigados pela Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato. O bandido foi condenado a 45 anos e 2 meses de reclusão, além de multa, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa. De acordo com as investigações, o esquema desviava verbas dos contratos do governo do RJ com empreiteiras. Além de Cabral, a sentença do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal também condena outras 11 pessoas por participação no esquema. A esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, foi sentenciada a 18 anos e 3 meses de prisão. Cabral foi preso em novembro e atualmente está em Benfica, no presídio onde ficava o antigo Batalhão Especial Prisional (BEP). Já Adriana Ancelmo, que foi condenada pela primeira vez nesta quarta, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon. Na sentença Cabral é descrito como “idealizador do gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do Rio de Janeiro, era o chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente solicitar propina às empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da organização no sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito”.
- Sergio Cabral: 45 anos e dois meses de prisão mais multa.
- Wilson Carlos: 34 anos de prisão mais multa.
- Hudson Braga: 27 anos de prisão mais multa.
- Carlos Miranda: 25 anos de prisão mais multa.
- Luiz Carlos Bezerra: 6 anos e 6 meses de prisão mais multa.
- Wagner Jordão Garcia: 12 anos e 2 meses de prisão mais multa.
- Adriana Ancelmo: 18 anos e 3 meses de prisão mais multa.
- Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves: 9 anos e 4 meses de prisão mais multa.
- Luiz Paulo Reis: 5 anos e 10 meses de prisão mais multa.
- Carlos Jardim Borges: 5 anos e 3 meses de prisão mais multa.
- Luiz Alexandre Igayara: 6 anos de prisão mais multa.