Um casal do Texas, nos Estados Unidos, deixou de tomar a vacina contra a Covid-19 e acabou morrendo por complicaçções da doença no hospital da University of Texas Medical Branch. Eles não confiavam na vacina e acabaram deixando quatro filhos, com idades entre 18 e 11 anos, órfãos. De acordo com publicação da People, Lawrence e Lydia Rodriquez deram entrada no hospital em julho, quando testaram positivo para o vírus.
Devido ao agravamento da doença, Lydia foi imediatamente intubada e Lawrence precisou receber oxigênio. No entanto, não demorou muito para que ele também fosse intubado na UTI por conta da evolução da covid-19 em seu corpo. Lydia permaneceu internada, mas morreu depois de 14 dias, em 16 de agosto. Lawrence não resistiu e também perdeu a vida na última segunda-feira (16).
“Nossos corações estão partidos”, disse a prima da vítima, Dottie Land Jones, que organizou uma vaquinha online para ajudar na criação das crianças, os gêmeos Nathan e Ethan; de 18 anos, Adam; de 16, e filha Synphonia; de 11. Dottie revelou que o último desejo de Lydia era vacinar seus filhos contra o vírus. “Antes de ser intubada, uma das últimas coisas que ela disse à irmã foi ‘Por favor, certifique-se de que meus filhos sejam vacinados’.
Se ela tivesse vacinada, ela veria seus filhos sendo vacinados”, ressaltou. Lydia e Lawrence não foram imunizados porque não confiavam nas vacinas devido à desinformação, disse ela. “Você tentava falar com eles, e simplesmente não ligavam para isso. Parte meu coração que as pessoas estejam acreditando que a vacina não funciona”, acrescentou ela. “A desinformação está matando pessoas e precisamos divulgar a verdade”, finalizou.
PANDEMIA
Os Estados Unidos vivem um fenômeno provocado pelas pessoas que insistem em não se vacinar. A chamada pandemia dos não vacinados ganhou força com o discurso negacionista de Donald Trump. Assessor da Casa Branca para doenças infecciosas, Anthony Fauci chamou recentemente de uma “pandemia entre os não vacinados”.
Segundo o médico Vivek Muthy, porta-voz do país para saúde pública, no momento 99,5% das cerca de 3 mil mortes semanais que ainda sucedem nos EUA por conta da Covid-19 se deram entre pessoas que não foram ainda imunizadas.