O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato, participará de uma audiência pública na comissão especial de combate à corrupção da Câmara em 4 de agosto, mesmo dia em que a comissão especial do impeachment no Senado votará a saída definitiva da presidente afastada, Dilma Rousseff. Já o coordenador dos procuradores que atuam na força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, deverá comparecer à comissão especial da Câmara em 9 de agosto, mesmo dia em que está marcada a votação prévia do impeachment no plenário do Senado. Moro é acusado por petistas de ter inflado os ânimos políticos a favor do processo de impeachment na condução das investigações sobre desvios de recursos públicos para pagamentos de propinas envolvendo a Petrobras. Um dos principais fatos que o levaram a ser criticado foi quando ele incluiu em um inquérito que veio a público uma conversa telefônica entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, na qual ela disse que encaminharia a ele o ‘termo de posse’ de ministro da Casa Civil. A presidente então disse que o termo só deveria ser usado em “caso de necessidade”. Os investigadores da Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula, mas logo em seguida verificou-se que o grampo foi feito horas antes de os procuradores da Lava Jato, em Curitiba, pedirem o fim do sigilo sobre a investigação do petista.