Numa cerimônia realizada no Museu Pelé, em Santos, na tarde desta quinta-feira (16), o Rei de Futebol recebeu a maior honraria oferecida aos desportistas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a comenda da Ordem Olímpica. A premiação foi entregue pelo presidente do COI, o alemão Thomas Bach, com a presença do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, e outras autoridades.
Depois de tecer elogios ao atleta e homem Edson Arantes do Nascimento, Thomas Bach frisou que poucos desportistas no mundo receberam a honraria. E que para isso é preciso uma avaliação criteriosa do COI. No caso de Pelé, foi diferente. “Por ser a honraria mais alta do COI, as discussões sobre um nome sugerido costumam demorar muito e são muito cuidadosas. No caso de Pelé, essa deliberação durou muitos, muitos…segundos”, brincou Bach.
Amparado por uma bengala, usada desde que ele se submeteu a uma recente cirurgia de quadril, Pelé não escondeu a emoção de ganhar mais um prêmio em sua gloriosa carreira. Bem-humorado, também não deixou de arrancar risos da plateia ao falar da honraria. “Fui campeão do mundo com 17 anos e, naquela época, os Jogos Olímpicos não permitiam jogadores profissionais. Até brinco com alguns amigos que o Brasil nunca ganhou um título olímpico porque eu nunca joguei. Com essa homenagem, foi a oportunidade que Deus me deu, talvez, disso. Vamos torcer e pensar positivamente para que o Brasil possa ter um título olímpico”.