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IBIRAPITANGA: VEREADORES SE RETIRAM DA SESSÃO DE VOTAÇÃO DAS CONTAS REJEITADAS DO PREFEITO DRº RAVAN

Nego de Antônio Máximo, Ivan dias e Guilardo Pinheiro | Foto: Reprodução
Nego de Antônio Máximo, Ivan dias e Guilardo Pinheiro | Foto: Reprodução

No dia 1º de setembro de 2019, a Câmara de Vereadores de Ibirapitanga, sobre presidência do vereador Paulinho de Ravan (PSD), votou as contas rejeitadas do prefeito Drº Ravan (PSD). As contas do prefeito de Ibirapitanga foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) (relembre aqui). No entanto, a votação das contas rejeitadas do exercício financeiro 2016 de Drº Ravan foi marcada por inúmeras polêmicas. Após o prefeito usar o tempo de quase 20 minutos para apresentar a sua tese de defesa, os vereadores foram impedidos de explicar os motivos de seus votos. Nesse sentindo, o Vereador Hebert de Dore (PMDB), 1º Secretário comunicou aos vereadores e a todos os presentes que o processo de votação seria nominal e que os vereadores responderiam sim ou não, como também não haveria espaço para debate ou qualquer outro prolongamento. Após a narração do procedimento dos votos, o Vereador Guilardo Pinheiro destacou que após a reunião com a comissão (vereadores Vanda Barcelos e Xalita) e o advogado da Câmara foi acordado que cada edil teria o tempo de 3 (três) minutos para justificar o seu voto.

O advogado da Câmara foi chamado para explicar a mudança do procedimento pelo Presidente Paulinho de Ravan. Em sua fala, o advogado explicou que Paulinho é quem deveria decidir sobre a questão. Nesse sentido, o Presidente da Casa, afirmou que os vereadores não teriam direito de justificar o voto para todos os presentes na Câmara de Vereadores, devendo ficar restrito apenas a falar “sim” ou “não”. No mesmo momento o Vereador Guilardo indagou o presidente: “é a lei da mordaça senhor Presidente? Eu preciso justificar o meu voto e a lei me permite”. E novamente Paulino de Ravan disse que ele diria apenas, sim ou não. Após o ocorrido, o vereador Guilardo disse que iria se retirar da sessão, pois ele não era mudo e nem surdo. O Presidente ficou em silêncio e em discordância com atitude de Paulinho, os Vereadores Ivan Come Sapo (DEM) e Nego de Antônio Máximo (DEM) também se retiraram da sessão. Outro fato importante evidenciado pelos vereadores diz respeito a Vereadora Vanda Barcelos (PSD), mãe do prefeito Dr. Ravan e presidente da Comissão de Finanças e Orçamento.

De acordo com os vereadores da oposição, Dona Vanda não poderia presidir a Comissão que tinha como dever a emissão de pareceres. Assim, por ser mãe do prefeito estaria tecnicamente impedida em sentido amplo de deliberar sobre a matéria que diz respeito ao seu filho. Assim, todos atos praticados pela mãe do prefeito estariam nulos. Os vereadores Everaldo, Paulinho, Marlene de Jalmir, Vanda Barcelos, Eliene de Buck, Xalita e Cosminho, votaram contra o parecer do TCM, e aprovando as contas rejeitadas  do prefeito de Ibirapitanga. Em entrevista à Rádio Itamarati FM, o vereador Guilardo destacou que o Presidente da Casa, Paulinho de Ravan, amordaçou todos os Vereadores de Ibirapitanga.  “Qual o problema do Vereador justificar o seu voto? O povo tem o direito de saber o motivo que levou cada vereador a decidir pelo o seu voto! O prefeito teve a oportunidade de falar e os Vereadores não têm? A Câmara está submissa ao Prefeito?”, disse Guilardo durante entrevista.

O Vereador Ivan Come Sapo, lamentou a situação e disse que o povo de Ibirapitanga tem o direito de saber o que motivou cada voto individual. Na mesma linha, o Vereador Nego de Antônio Máximo disse que está decepcionado com o Presidente Paulinho de Ravan e que essa atitude não representa a democracia e se ele pensa em ser candidato a prefeito futuramente, que ele reveja os seus conceitos, pois em outras votações os vereadores poderiam justificar o seu voto. Destaca-se, que a sessão de votação já tinha sido marcada para o dia 26 de agosto, no entanto o vereador Guilardo suspendeu a votação (relembre aqui) após diligenciar inúmeras irregularidades no procedimento de votação pelo Presidente da Casa, Paulinho de Ravan.