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REFUGIADOS VENEZUELANOS LEVADOS PARA A BAHIA COMEÇAM A TRABALHAR EM ALAGOINHAS

Venezuelanos começaram a trabalhar na segunda-feira — Foto: Reprodução/TV Subaé
Venezuelanos começaram a trabalhar na segunda-feira — Foto: Reprodução/TV Subaé

Os refugiados venezuelanos que foram levados para Alagoinhas, cidade a cerca de 120 km de Salvador, já com emprego garantido, começaram a trabalhar na segunda-feira (29). A Bahia é o primeiro estado brasileiro a receber refugiados venezuelanos com ocupação remunerada garantida. Os venezuelanos chegaram em Salvador no 25 de outubro. Ao todo, são 30 adultos, jovens e crianças, sendo que cinco deles ficaram na capital e os outros 25 foram para Alagoinhas. A ação faz parte de uma nova modalidade de interiozação, feita em parceria entre uma ONG, o governo federal e a Organização das Nações Unidas (Onu). Uma empresa peruana de bebida, localizada em Alagoinhas, garantiu emprego aos venzuelanos. O diretor da fábrica afirma que a ideia inicial foi valorizar a diversidade cultural. “Não é uma questão de filantropia, mas fazer bem nosso trabalho, aderindo, na medida do possível, a qualquer coisa que possa contribuir para o bem social, dentro das condições que temos”, afirmou Eduardo Barrantes. A venezuelana Deliana Rodrigues é formada em engenharia de alimentos e vai atuar na empresa como inspetora de qualidade. Ela não escondeu a felicidade de ter conseguido essa oportunidade. “Muito feliz porque, primeiro, eu posso trabalhar em minha área. Meus companheiros venezuelanos também estão tendo mais oportunidades de crescer como família, como trabalhadores”, afirmou Deliana.

A prefeitura de Alagoinhas disse que, para acolher os venezuelanos, vai cadastrar aqueles que têm direito a benefícios de programas do governo federal. “O Ministério solicitou para a gente a inclusão das pessoas no CAD Único do Bolsa Família. Nós vamos fazer uma investigação social. Como eles vão receber um salário mínimo, se a família deles for de quatro, cinco, seis pessoas, quando se divide, fica abaixo do valor do Bolsa Família. Então, pode ser que alguma família necessite do Bolsa Família, e esse papel foi o governo federal que autorizou a gente a fazer, e nós vamos fazer, para que elas também tenham um mínimo de dignidade aqui em Alagoinhas”, disse Alfredo Menezes, secretário de Assistência Social. O presidente da Associação dos Trabalhadores de Alagoinhas afirmou que tomou um susto com a chegada dos venezuelanos, mas que não é contra o processo de interiorização dos refugiados. “A gente tomou um choque, porque a população de Alagoinhas está desempregada. Aí chegam 25 venezuelanos já com as vagas garantidas nas indústrias da cidade. Mas a gente não é contra, não, porque eles são seres humanos. Eles também têm o direito de trabalhar, porque aqui a gente não impede o direito de trabalhar de ninguém”, disse Gilso Bispo. Informações do G1 Bahia