Os quatro médicos que atendem no Anexo Psiquiátrico do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem) decidiram suspender o atendimento ambulatorial. A comunicação à direção do hospital e da Secretaria Municipal de Saúde foi feita na quinta, 27.
A direção da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna (Fasi) informou à equipe que não dispunha de recursos para manter o atendimento ambulatorial. A equipe médica prestará apenas atendimento emergencial. Os quatro médicos estão há três meses sem receber salário.
O documento assinado pelos quatro médicos psiquiatras aponta como razão para suspender o atendimento a falta de sensibilidade da Secretaria de Saúde de Itabuna. Os cálculos da equipe do anexo apontam para 17 mil pacientes que dependem do funcionamento desta estrutura no Hblem. Número expressivo de pacientes também é submetido a exames psiquiátricos no Hospital de Base, conforme o documento.
“É importante salientar que esta medida extremada [a suspensão do atendimento] é consequência da absurda omissão da Secretaria Municipal de Saúde em, efetivamente, assumir a responsabilidade pela manutenção do serviço médico, vez que a Presidência da Fundação de Atenção à Saúde de Itabuna, contratualizada e mantenedora do Hospital de Base, se diz incapacitada financeiramente em arcar com os custos do Anexo Psiquiátrico”, narram os médicos no documento entregue à presidência da Fasi.