Quatro homens foram presos na última terça-feira (13), com dez pistolas calibre 9 milímetros (uso restrito), entre elas algumas fabricadas na Áustria, e cerca de duas mil munições pertencentes à quadrilha que estavam escondidas em três tonéis enterrados, em um sítio na cidade de Vitória da Conquista. A prisão foi feita por policiais das delegacias de Tóxicos e Entorpecentes e de Homicídios e durante ação foram apreendidos um rádio e um telefone via satélite utilizado para comunicação com aeronaves. Segundo informações da polícia, Rogério Santos Silva, de 43 anos, foi capturado novamente ontem quando deixava a unidade prisional, mediante apresentação de um alvará de soltura. Hamilton dos Santos Leite Neto, de 26 anos, sobrinho de Rogério, revelou as ações da quadrilha.
“Rogério é o canal procurado por quadrilhas de fora do país em Conquista para a distribuição de drogas para outros estados”, afirmou o titular da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (COORPIN), delegado Cléber Rocha Andrade. Durante operação foram presos também: Manoel Batista Lima, 62 anos e Rogério Almeida Santos, de 34 anos. A ação desta terça-feira foi uma continuidade das investigações sobre a quadrilha, que utilizava um avião e pista de decolagem próprios para a distribuição de drogas e armas. No último dia 20 de outubro, os policiais civis identificaram a pista de pouso clandestina, em uma fazenda na região da Baixa do Cocá, distante 37 quilômetros de Conquista, de propriedade de Rogério.
AVIÃO
Na oportunidade os paraenses Diogo Túlio Pereira Dionísio (piloto) e Francisco Cleiton Passos de Oliveira, além do baiano Lázaro Santos Sacerdote foram presos em flagrante e revelaram que o município era rota de venda de pasta base de cocaína, trazida da Bolívia. O avião utilizado para o transporte dos produtos, um avião monomotor da marca Cessna, prefixo PR_OIE, pouco mais de R$ 7 mil em espécie, uma pistola calibre 9mm (uso restrito) e um veículo modelo Amarok foram apreendidos. Ainda de acordo com a Polícia Civil, Manoel e Rogério Almeida são caseiros da fazenda onde o arsenal foi encontrado. A dupla teria sido cooptada por Rogério para guardar o armamento em troca de dinheiro, já que sua própria fazenda, já havia sido alvo das ações policiais.
