O candidato ao governo do Estado pelo PT, Rui Costa, acredita que contará com o apoio de professores e policiais militares na eleição de outubro. Para o petista, os servidores destas duas categorias vão avaliar friamente os ganhos nas gestões de Jaques Wagner e nas anteriores e chegarão à única conclusão possível: a valorização durante os últimos sete anos é infinitamente maior.
Em 2012, os policiais e professores da rede pública impuseram greves traumáticas ao governo e o saldo foi extremamente negativo. Uma das razões apontadas para a derrota do então candidato à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino (PT), foi a insatisfação destas duas categorias, contudo, Rui Costa parte do pressuposto de que neste momento a raiva será deixada de lado e os números falarão por si.
Trata-se, em uma analogia feita pelo próprio candidato durante o almoço oferecido à imprensa nesta quarta-feira (25), de avaliar racionalmente o que é melhor: não se espera nada e o copo vem vazio ou se espera copo cheio e o copo vem pela metade.
Embora reconheça que há ai uma frustração, não se pode ignorar que o meio copo é infinitamente melhor, conforme Rui costa.
A expectativa frustrada é o risco que os petistas, de um modo geral, estão correndo. Contudo, na opinião do postulante baiano, a resistência ou aversão tem outras motivações e não nascem nas classes mais pobres. Ao contrário, de acordo com Rui Costa, são as pessoas das classes mais abastadas que promovem estes atos de repúdios incomodados com a ascensão dos menos favorecidos.
Segundo ex-chefe da Casa Civil, uma parte significativa da classe média se acostumou a sentir-se bem não pelo o que consumia, mas pelo status da coisa. “A diferenciação dentro do poder consumo era o que valia e agora há quem se incomode com pobre pegando avião, indo ao cinema, comendo em restaurantes chiques. É a ocupação dos espaços a principal causa da revolta, na minha avaliação”, cravou o postulante.
Fonte: Bocão News.
