A prefeita de Camamu, Ioná Queiroz, alvo de investigação de um processo da Lei da Ficha Limpa disse ao Varela Notícias, nesta terça-feira (06), que não foi cassada e segue mandato normalmente, contrariando boatos da cidade. “Estou tranquila e sigo como prefeita. Não há possibilidade do meu mandato ser cassado”, afirma. Ioná já foi prefeita de Camamu, em 2009, e é julgada em um processo que resultou na sua cassação na época, o qual a acusa de ter distribuído quentinhas e roupas durante a campanha de 2008, o que, acredita a acusação, poderia ter facilitado a vitória da política no pleito eleitoral. “O que ocorreu foi que pessoas que estavam fazendo campanha para mim foram até uma localidade de Camamu distribuir panfletos e como lá não tinha restaurante eles levaram quentinhas pra almoçar. Esse processo é uma piada, não tem fundamento”, diz Queiroz. O caso voltou à tona nas eleições passadas quando Ioná novamente concorreu às eleições na cidade e venceu em 2017, com mais de dois mil votos de diferença para o segundo colocado, e agora administra novamente a cidade. Com isso, segundo ela, a oposição está tentando criar situações para fragilizar a sua gestão. “Lá atrás, quando fui prefeita pela primeira vez, eu não tinha um grupo político, tinha um trabalho nas comunidades porque sou economista e sempre trabalhei com projetos. Fiz inclusão social em muitas localidades. As pessoas começaram a falar: ‘Ioná por que você não se candidata?’”, lembra. “Em oito meses, eu fiz minha campanha e venci com 34% do votos, contra 32% do segundo colocado e 30% do terceiro. Isso gerou um desconforto na oposição que se juntou contra mim e, a partir daí, entrou com 14 processos. Cada um mais piada do que o outro”, analisa a prefeita. Um desses processos é o das quentinhas, que foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), no qual Ioná foi considerada inocente, e o qual agora segue no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O advogado da prefeita, Sidney Neves, diz que no último dia 1º de março, o plenário do TSE acompanhou a ministra Rosa Weber, determinando a continuidade do julgamento, não só do recurso contra Ioná, mas de todos os prefeitos que eram alvos da Lei da Ficha Limpa. “O TSE julgará o mérito do recurso da coligação adversária contra a candidatura de Ioná, pois o registro dela foi deferido pelos seis juízes do Tribunal Regional Eleitoral, portanto, unanimemente”, explica.