A campanha de Fernando Haddad, do PT, tem dificuldades para elaborar uma estratégia de reação ao avanço da onda conservadora em apoio a Jair Bolsonaro, do PSL. De acordo com a Folha de S. Paulo, os petistas temem que o discurso econômico voltado para o eleitor mais pobre não seja suficiente para conter o aumento da rejeição ao candidato do ex-presidente Lula. A ordem, por enquanto, é antecipar os ataques ao capitão reformado, previstos apenas para o segundo turno, já que alguns petistas começam a crer na possibilidade de uma derrota na primeira fase.
Os assessores da campanha de Haddad acreditam que o crescimento de Bolsonaro se deve a três fatores. O primeiro é a forte onda de votos evangélicos contra o petista, intensificada por notícias falsas divulgadas nas redes sociais. O segundo é a perda de parte do eleitorado tido como historicamente lulista, a exemplo de pobres e nordestinos. O último é a migração de setores do PSDB que manifestaram apoio à candidatura do PSL.