O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu procedimento para apurar supostos gastos em duplicidade no cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O autor do pedido é o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e o relator será o ministro Antonio Anastasia.
De acordo com o parlamentar, há despesas que constam, simultaneamente, de faturas do cartão e de contratos firmados pela União para os mesmos serviços. Segundo Vaz, há aumento nos gastos do Executivo com hospedagem, alimentação e locomoção dos militares que fazem a segurança do presidente – tudo pago com cartão corporativo.
No entanto, os militares responsáveis pela segurança de Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, recebem diárias para pagar o custo de alimentação e hospedagem. Entre janeiro de 2020 e maio de 2022, o valor foi de R$10.767.281,13 em diárias, segundo levantamento no Portal da Transparência. A locomoção também está garantida. O governo pagou entre janeiro de 2020 e maio deste ano R$12.154.944,08 à empresa Miranda Turismo e Representações Ltda. para fornecimento de passagens.