Na tarde desta terça-feira (4), Ciro Gomes anunciou em suas redes sociais que endossa a decisão do seu partido de apoiar Lula (PT) no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). O anúncio foi feita menos de uma hora depois do PDT ter divulgado que apoiaria o ex-presidente petista na segunda rodada do pleito. Embora tenha concordado com seu partido de que Lula seria a “última saída nas atuais circusntâncias”, o candidato do PDT derrotado no primeiro turno não citou nominalmente o petista e lamentou que “a trilha democratica tenha se afunilado a tal ponto que reste aos brasileiros duas opções insatisfatórias”.
Ciro também disse não acreditar que democracia esteja em risco nessas eleições, mas afirma que o sistema fracassou em “construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo”. Sobre isso, ele também acrescenta que espera que a decisão do PDT ajude a oxigenar a democracia brasileira.
Além disso, o ex-ministro também destacou que não pretende pletear e aceitar cargos num eventual futuro governo. “Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que propusemos durante a campanha. Fiquem certo de que, como sempre fiz, vou fiscalizar acompanhar de perto o dia a dia do governo que assumirá o governo em janeiro. Assim como vou seguir estudando e apresentando ideias para o nosso país”, afirmou. Ciro Gomes foi o quarto candidato mais votado no primeiro turno das eleições 2022, com 3.599.287 votos, equivalente a 3,04%.