A Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem ofereceu nesta quinta-feira (21) uma denúncia contra o atacante Gabigol, do Flamengo, por tentar fraudar um exame antidpoing. O caso aconteceu no dia 8 de abril deste ano, no Ninho do Urubu. A denúncia é assinada pelo procurador João Guilherme Guimarães Gonçalves, da Justiça Desportiva Antidopagem.
O documento pede que Gabigol seja intimado a prestar depoimento pessoal sob pena de confissão. Márcio Tannure, chefe do departamento médico do clube carioca, Leandro Martins, enfermeiro, e o capitão Everton Ribeiro também serão intimados para depor. O camisa 10 irá a julgamento, ainda sem data definida, no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) por infração ao artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem.
A pena é de suspensão de até quatro anos em caso de condenação. Gabigol é acusado de dificultar o trabalho dos oficiais na realização do exame. Exceto camisa 10, todos os jogadores do Mengo fizeram o teste antes do treino às 10h. Segundo os relatos, o atacante prejudicou o procedimento de diversas maneiras, além de desrespeitar os profissionais. A análise específica do passaporte biológico determina que deve haver repouso de duas horas depois de atividade física, tempo que não foi cumprido pelo atleta.
Antes das atividades, ele não se dirigiu para a testagem e depois do treinamento foi almoçar, sem seguir os procedimentos indicados. Após 90 minutos, o atacante pegou o vaso coletor sem avisar, irritou-se ao ver o oficial o acompanhou até o banheiro e ao fim entrou o recipiente aberto, contrariando a orientação. Ainda de acordo com a denúncia, o artilheiro demonstrou irritação por estar na lista do antidoping.
O processo é feito pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e costuma ocorrer sem aviso prévio nos centros de treinamentos. A confusão aconteceu na véspera do segundo jogo da final do Campeonato Carioca, que terminou com a goleada aplicada pelo Fluminense no Rubro-Negro por 4 a 1, definindo o título.