Personagem principal da filiação dos deputados Bruno Reis e Graça Pimenta ao PMDB, o prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou que a parceria firmada com a legenda comandada na Bahia pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima não será circunstancial. “No que depender deste cidadão, esta aliança será duradoura, por muitos e muitos anos”, discursou o democrata, na manhã desta sexta-feira (4), durante o ato de filiação do seu afilhado político. “A sorte é que eu não sou uma pessoa ciumenta”, brincou o prefeito, sobre o fato de Reis não se filiar ao DEM. Esperado por mais de uma hora, o gestor lembrou o pacto firmado há um ano com o PMDB, no segundo turno do processo eleitoral de 2012, quando o partido decidiu apoiar a candidatura do democrata ao Palácio Thomé de Souza. “Aquela decisão do PMDB não foi a mais fácil. Talvez fosse mais fácil seguir direção nacional. Você disse que a política é feita de gestos, Geddel. A política é feita de gestos e de gratidão”, completou Neto. Em discurso anterior, o presidente do PMDB baiano voltou a afirmar que a filiação de Bruno Reis à sigla tinha um “significado muito claro”. “Ele não viria para o PMDB, com todo o talento que tem, se não tivesse o seu aval”, analisou Geddel, ao se referir ao prefeito da capital baiana. Durante a troca de gentilezas, o ex-ministro prometeu que o partido presidido por ele na Bahia continuará “na trincheira” para defender a administração do DEM em Salvador. O peemedebista elogiou ainda a gestão da cidade, em uma demonstração de que mudou de ideia sobre o antigo rival. Há cerca de um ano e dois meses, Geddel questionou as qualidades do democrata e chegou a defender que Neto “não era o avô”.