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Lava Jato: delatores afirmam que R$ 300 mil foram pagos ao filho de Lula

filhinho de lulinha

Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, delatores da Operação Lava Jato, afirmaram o repasse de R$ 300 mil para a empresa Gamecorp, que pertence a Fábio Luíz Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, além de R$ 3 milhões para o atual governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Lulinha é investigado pela Operação Zelotes, enquanto Pimentel é alvo da outra investigação, nomeada de Operação Acrônimo. De acordo com o jornal O Globo, os repasses foram feitos a pedido do Grupo Caoa, que não é citado na Lava Jato. Segundo a publicação, não há comprovação de que o filho do ex-presidente prestou realmente serviços à Caoa. Em depoimento feito no dia 29 de abril, Trombeta disse que não havia “comprovantes de execução de serviços, contratos e/ou relatórios que acompanhassem tais pagamentos”. Os dois delatores também revelaram que em 2014 faziam a contabilidade do grupo e que, a pedido do presidente da empresa, Antonio Maciel Neto, os repasses eram realizados a Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené. Em um dos encontros na casa de Maciel, no intuito de repassar mais R$ 3 milhões a Bené, Trombeta e Morales teriam encontrado Fernando Pimentel, então candidato ao governo de Minas Gerais. Eles realizaram três repasses de R$ 500 mil a Bené, apontado pela Polícia Federal como operador ligado ao governador mineiro. Porém, os dois afirmaram que outros pagamentos não foram realizados, tendo em vista que Bené foi preso em 7 de outubro daquele ano. Em nota, a Caoa informou que “desconhece a existência de eventual conteúdo das delações” e que “jamais contratou ou pagou, no Brasil ou no exterior, qualquer pessoa ou empresa para angariar vantagens junto a qualquer agente ou órgão público.” Já o advogado de Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli, questionou a credibilidade de Trombeta e Morales e disse que a delação poderá ser anulada. “Nada do que foi relatado liga Pimentel a essas supostas tratativas”, alegou Pacelli.