A candidatura do deputado federal Marcelo Castro, do PMDB, à presidência da Câmara dos Deputados, foi enfraquecida após intervenção do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Coordenador político do governo, o peemedebista baiano disse que interferiu na disputa por considerar o nome de Castro uma manobra petista, cuja vitória seria atribuída ao ex-presidente Lula contra o presidente Michel Temer (PMDB). Em entrevista ao blog Josias de Souza, do site Uol, o ministro apontou ainda que a candidatura de Castro foi apresentada como uma avalanche impulsionada por Lula. “A candidatura de Marcelo Castro, que foi apresentada como uma avalanche impulsionada por Lula. Não prosperou. Não permitimos que prosperasse. Acham que isso foi uma derrapada na pista molhada? Está bem. Mas o piloto imediatamente ajeitou o carro na pista. E atravessou a reta de chegada em primeiro lugar. Num processo delicado como esse, o importante é o resultado final, não as surpresas do caminho. Estou feliz com o resultado”, afirmou. Segundo o peemedebista, com a vitória do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), será possível ter uma previsibilidade na Câmara. “Sob o comando de Waldir Maranhão, faltava organização e previsibilidade. O fato de passarmos a ter essa previsibilidade já é uma mudança importante. Podemos manter um diálogo”, aponta. Para Geddel Vieira Lima, o apoio do PT ao nome de Rodrigo Maia não representa preocupação para o governo Temer. “Incomodaria se ele tivesse aparecido, como apareceu o Marcelo Castro, como candidato de uma manobra petista, cuja vitória seria atribuída à articulação do Lula contra Michel Temer. Essa seria a leitura. Quanto ao Rodrigo Maia, é natural que ele tenha buscado votos em toda a Câmara. Para surpresa de todos, Rodrigo também teve votos em partidos do centrão, como PR e PP. As circunstâncias o favoreceram”, avaliou.