A novela da ação que pede a cassação da chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e seu vice Michel Temer (PMDB) ganhou novo capítulo. Nesta terça-feira (24), a reportagem da Globo News divulgou o teor de um relatório feito pela Polícia Federal a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde há irregularidades em pagamentos realizados pela chapa PT-PMDB a três gráficas na campanha eleitoral de 2014. A PF aponta a existência de elementos que permitem concluir que parte dos valores oficialmente apresentados como pagamentos às gráficas “não foi, de fato, direcionada a essa atividade”. Segundo a PF, parte do dinheiro, declarado como verba de campanha, foi desviado para pessoas físicas e jurídicas “em benefício próprio ou de terceiros”. As empresas subcontratadas por gráficas que não teriam prestado os serviços contratados foram visitadas pela PF: a Rede Seg Gráfica, VTPB Serviços Gráficos e a Focal Confecção e Comunicação. A intenção das visitas era observar se as companhias tinham capacidade de entregar os produtos contratados. Os investigadores afirmam que elas não conseguem provar a realização dos serviços. Segundo a PF, o esquema funcionava assim: essas três gráficas receberam R$ 56 milhões da campanha. Em cada uma delas havia um núcleo que movimentava esse dinheiro por meio de laranjas e empresas subcontratadas.