O servidor do governo federal que chamou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) de “golpista” se tornou réu na última terça-feira (7). A juíza substituta Pollyana Kelly Alves acolheu a queixa-crime de Geddel contra Edmilson Dias Pereira, alegando que o termo pode ser entendido como “expressão injuriosa apta a ofender a dignidade ou o decoro”, “As palavras ‘golpe’ e ‘golpistas’ evidenciam, no contexto atual, o inconformismo daqueles que se sentiram insatisfeitos com o resultado do processo político constitucional de impedimento da ex-presidente da República”, escreveu a magistrada. De acordo com a juíza, depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff a expressão ficou banalizada e foi ordinariamente utilizada. De acordo com a Folha, a Justiça deu prazo para que o servidor apresente uma resposta à acusação pelo crime de injúria, para então decidir pela condenação ou absolvição do réu. Na ocasião, Pereira teria anunciado a presença de Geddel como “do governo golpista do Michel Temer”.”Golpista! Golpista! Vocês vão ficar marcados para sempre como golpista”, teria continuado o réu, que filmou o episódio e publicou em redes sociais. Em outra ação, Geddel pede R$ 50 mil ao servidor público.