A gestante Lúcia de Jesus Martins, 38, moradora do bairro Dois de Dezembro, em Ipiaú, pode ter sido mais uma vítima da negligência e falta de estrutura do Hospital Geral de Ipiaú. A mulher não resistiu as complicações e acabou falecendo. O bebê nasceu dentro de uma ‘ambulância’, poucos minutos após a mãe ser transferida para a unidade hospitalar em Jequié. A informação é do esposo da gestante, Ezequiel dos Santos Nicodemos, 23. Segundo informações de Ezequiel, sua esposa sentiu contrações fortes por volta da meia-noite de sexta-feira (31) e foi levada para o hospital. “Quando chegou lá (HGI) ninguém quis atender não. Ai como eu reclamei, foi que pegaram e fizeram a ficha dela e depois levaram ela lá para dentro. Sai de lá 1 hora da madrugada de sábado sem saber o que estava acontecendo. Vim em casa, peguei as coisas dela e fui de novo para o hospital. Quando cheguei lá e perguntei como ela estava, ninguém me respondeu. Então o segurança mandou eu vim embora. Quando foi de manhã fui lá novamente e não me deixaram entrar, nem me deram informações de como ela e o bebê estavam. Quando foi mais tarde me disseram que o hospital estava sem anestesista e que iria ter que levar ela para Jequié”, relata Ezequiel. Ainda segundo ele, a ambulância saiu do HGI depois das 17h de sábado. O óbito de Lúcia de Jesus foi constatado na unidade hospitalar de Jequié. A família não soube informar a causa da morte. O sepultamento dela ocorreu no final da manhã desse domingo (02), no Cemitério Novo em Ipiaú. Um vereador do município, identificado como Lucas do Social (PMDB) , disse ao site Giro em Ipiaú que acompanhou de perto a situação vivida pela gestante no atendimento do HGI e que pretende acionar o Ministério Público para apurar a denuncia. “Entrarei no Ministério Público, irei até o fim para que tenha uma investigação sobre a morte de Lúcia, não podemos permitir que uma mãe de família entre no HGI para trazer uma vida, e a mesma volte para casa em um caixão”, disse o edil.