A abertura de inquérito autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), batizado com o apelido de Bitelo, versa sobre a atuação do Grupo Odebrecht para a conversão de medidas provisórias (MPs) em lei no Congresso Nacional e inclui os senadores peemedebistas Romero Jucá, Eunício Oliveira e Renan Calheiros e o também deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ). Nas delações de Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos José Fadigas de Souza, Cláudio Melo Filho, Emílio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Odebrecht, o parlamentar baiano teria embolsado R$ 1 milhão para auxiliar na aprovação de MPs. “São relatados pagamentos de R$ 7 milhões, sendo R$ 4 milhões destinados aos senadores da República Romero Jucá e Renan Calheiros, atuando o primeiro em nome do segundo, R$ 2 milhões destinados ao senador da República Eunício Oliveira, R$ 1 milhão ao deputado federal Lúcio Vieira Lima e R$ 100 mil ao deputado federal Rodrigo Maia. Todos esses repasses teriam sido implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht, sendo os beneficiários identificados no sistema “Drousys” como “Caju” (Romero Jucá), “Índio” (Eunício Oliveira), “Bitelo” (Lúcio Vieira Lima) e “Botafogo” (Rodrigo Maia)”, escreve Fachin. De acordo com o despacho do ministro do STF, a autoridade policial tem 30 dias para cumprir diligências solicitadas pelo Ministério Público Federal sobre o caso.