Uma ex-secretária municipal de Ilhéus, no sul do estado, foi condenada por ato de improbidade por usar verba pública para comprar um pijama de R$ 46. Segundo o Ministério Público Estadual, o dinheiro fazia parte da verba de adiantamento para material de consumo – um valor total de R$ 8 mil que não teve todos os processos de prestação de conta apresentados.
A promotora de Justiça Karina Cherubini destacou o “descaso com a aplicação da verba pública” que fica explicitado pelo episódio envolvendo a ex-secretária Luciana Barletta Reis, que foi condenada a devolver R$ 460 aos cofres públicos e teve os direitos políticos suspensos por dois anos.
A ação é de 2006 e o caso aconteceu em 2003, quando a ex-secretária solicitou ao então prefeito, pai da ré, Valderico Reis, verba de adiantamento no valor de R$ 8 mil.
A prestação de contas do valor era feita pelos servidores diretamente à Secretária de Finanças, segundo Luciana, a não ser quando eram emitidos cheques – só nestes casos as prestações eram vistadas e conferidas. A ex-secretária jusitificou a falta de fiscalização dizendo acreditar “na idoneidade, honestidade e honradez das pessoas que com ela trabalhavam”.
Segundo a promotora Karina Cherubini, “estranhas compras” foram feitas com a verba, como balões, porta-retratos, vaso de flores e buquês de rosas. Outras compras foram feitas sem discriminação. A prefeitura chegou a instaurar uma sindicância sobre a compra das peças íntimas, recomendando que Luciana Reis devolvesse o valor, o que foi feito.