Apesar do clima “paz e amor” com o governador Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff, o prefeito de Salvador, ACM Neto, participará efetivamente da campanha do “candidato das oposições” ao governo em 2014, afirmou nesta quinta-feira (24) o comandante do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima. “Ele me deu não só essa garantia, como outras que ainda não posso anunciar”, disse o ex-ministro, em entrevista ao programa O Sistema é Bruto, da Rádio 100 (100,7 FM). Já apontado como o candidato de ACM Neto ao governo estadual, devido à relação cada vez mais próxima entre os dois, Geddel não assumiu tal condição. “Tem que perguntar a ele”, desconversou. O sinal mais forte do possível acordo no próximo ano entre os dois ex-adversários foi a filiação do deputado estadual Bruno Reis, afilhado político do gestor municipal, ao PMDB. Durante o ato, o prefeito prometeu uma “aliança duradoura” com a legenda comandada pelos Vieira Lima no estado. O peemedebista ainda reiterou nesta quinta que abandona, em nome da “união das oposições”, o projeto de candidatura, caso o ex-governador Paulo Souto decida disputar o pleito. Mesmo bem posicionado em sondagens, o ex-chefe do Executivo baiano não manifestou até o momento desejo de concorrer em 2014. “Se Paulo Souto disser que quer ser candidato, vou arregaçar as mangas. […] Do lado de cá, posso assegurar que estamos bem resolvidos. A chance de não estarmos juntos é zero, nenhuma”, declarou. Apesar do antigo racha – agora ampliado – em relação ao PT, Geddel ainda ocupa o cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Ele diz aguardar somente uma definição do vice-presidente Michel Temer para deixar o posto, o que deve ocorrer em novembro deste ano. “Michel estava à procura de um substituto e me pediu para segurar mais um pouco. Creio que ele resolverá esse assunto em novembro, no máximo. Pelo que eu soube, ele já teria começado a tratar o assunto com a presidente”, relatou. Sobre a disputa presidencial, Geddel adiantou que o PMDB não fará palanque para Dilma Rousseff na Bahia e questionou a atual aliança entre as legendas. “Um partido do tamanho do PMDB que abre mão de ter candidato a presidente permite que, em uma federação como a nossa, em um quadro partidário complicado como o nosso, as posições estaduais sejam mais fortes. Se a convenção fosse amanhã, nao se renovaria a aliança nacional com o PT. O palanque do PMDB na bahia estará no contexto do que for melhor para viabilizar a unidade das oposições”, comentou. De acordo com o ex-ministro, os outros estados onde a relação entre as siglas está mais estremecida são Pernambuco, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.(Bahia Noticias).