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Povo pataxó denuncia cerco de pistoleiro na aldeia Barra Velha em Porto Seguro: “É tiro para todo lado”,

Foto: Reprodução/Radar 64
Foto: Reprodução/Radar 64

Povos indígenas Pataxó da Terra Indígena Barra Velha, na zona rural de Porto Seguro, denunciam cerco de fazendeiros feito com pistoleiros fortemente armados.

Há cerca de um mês, famílias vêm sendo impedidas de transitar pelas fazendas, – único acesso para às cidades e vias próximas – para realizar compras ou trabalhar, afirma a líder pataxó em carta enviada à Articulação dos Povos Indígenas, a Apib.

Ainda conforme o relato, as saídas estão sendo fortemente vigiadas sob uma suposta ordem de que se “metesse bala” em qualquer indígena que tentasse passar por lá.

“Faz mês que não andamos mais livres pelo território e por onde saímos da aldeia, o único acesso são as fazendas”, escreveu Cleidiane Ponçada Santana, moradora da região há mais de 29 anos.

A líder Pataxó pede socorro às autoridades diante a situação de cárcere. Segundo ela, uma intervenção do Estado é urgente antes que o conflito acabe em um massacre, como o acontecido em 1951, quando indígenas da mesma TI tiveram todas as casas incendiadas e foram torturados e mortos pela polícia acusados de crimes que não cometeram.

Parte das áreas protegidas pela Terra Indígena de Barra Velha haviam sido retomadas pelos povos indígenas há dois meses, no dia 25 de junho. Na data, o local foi marcado por intenso conflito contra fazendeiros que, com o apoio da Polícia Militar, retiraram os indígenas da área sem uma ordem judicial. (Com informações da Apib, Mídia Ninja e IstoÉ)