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Quitéria diz que mandato tampão não é aceito por maioria de prefeitos baianos

Foto: Américo B. Barros / UPB
Foto: Américo B. Barros / UPB

A presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, espera que o texto da reforma política a ser votado no Congresso Nacional contemple as reivindicações dos gestores municipais. Em fala, nesta segunda-feira (18) durante coletiva de imprensa para encaminhar os preparativos da 18ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, Quitéria declarou posição contrária ao mandato tampão de dois anos – o que teoricamente a beneficiaria pelo fato de estar em segundo mandato – posição assumida pela maioria de prefeitos do estado. “A gente está lutando por um colegiado que é a maioria e essa maioria não aceita o mandato tampão”, declarou. No discurso, a presidente da UPB manifestou também a posição de unificar as eleições para todos cargos eletivos a partir de 2018. Segundo ela, a ideia não é criar polêmica em torno da reforma política, mas aumentar a participação decisiva dos gestores das cidades. “Nós queremos uma solução prática para que, de fato, prefeitos e vereadores possam ser ouvidos pelos legisladores que fazem a lei em Brasília porque somos nós que executamos os programas na prática”, afirmou. A presidente da UPB citou dificuldades enfrentadas na educação, como o repasse para ônibus escolar (R$ 12 por mês a cada aluno), e para merenda escolar (R$ 0,30 por dia a cada aluno). Segundo ela, tem prefeito que recorre ao “próprio bolso” para honrar compromissos de gestão com fornecedores. Ainda na fala, Quitéria disse que compreende as dificuldades que os governos federal e estadual passam, mas chamou a atenção para quem responde na ponta os problemas da população. “A situação não era esperada, mas a gente como prefeita e como prefeito tem uma responsabilidade social muito grande porque o povo bate na porta da gente para cobrar”, afirmou. Ainda sobre a reforma política, a presidente da UPB criticou a pouca participação das mulheres em cargos políticos e a proposta de aumentar o mandato de senadores de oito para dez anos.