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Brasil: PT está desmantelando a Polícia Federal

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Tais quais as manhãs de domingo quando assistíamos as corridas da Fórmula 1 na era Senna, as operações da Polícia Federal deixam saudades. Quase todos os dias, noticiários locais e nacionais traziam reportagens de grandes ações da PF no combate à corrupção, ao tráfico de drogas, ao contrabando, e tantos outros delitos praticados pelas Organizações Criminosas – disseminadas ao longo do extenso território brasileiro. A metodologia no preparo das investigações e o desencadeamento das operações tornaram-se doutrina para outras instituições, especialmente no que se refere ao batismo delas: Sanguessuga, Anaconda, Taturana, Gafanhoto, Gabiru, Praga no Egito, Satiagraha, João-de-Barro, Carranca, e por aí vai… Os nomes das operações e o modo padronizado de execução mostraram tanta eficácia que o STF editou súmula quanto ao uso das algemas e o Conselho Nacional de Justiça, emitiu recomendação para que o nome das operações não fosse citado em decisões pelos juízes criminais, pois tinha que o investigado ficava estigmatizado no curso da ação penal: “É preciso encerrar esse capítulo de marketing policial às custas do Judiciário”, disse o Ministro Gilmar na oportunidade. Mas tudo isso ficou na saudade! Hoje a Polícia Federal está na UTI e respira com ajuda de aparelhos. O seu orçamento tem sofrido duros contingenciamento na ordem de bilhões de reais. Um policial federal só está autorizado a receber 40 diárias no ano e as viagens só podem ser feitas em caso de flagrante. Isso significa que no caso da Bahia, que têm poucas delegacias e posto avançado no interior, a ação policial para investigação e instrução de inquérito fica restrita a capital e as cidades como Ilheus, Vitoria da Conquista, Juazeiro e Porto Seguro. Absurdo! Agora os tidos como “estigmatizados” podem deitar, rolar, comer e roer, enquanto a PF falece no leito da ingerência política que está por trás desta nefasta retaliação orçamentária.

Fonte: Val Cabral Itabuna