Próximo de ser substituído no cargo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, criticou a gestão do governo federal e afirmou que o atendimento público de saúde pode entrar em colapso no próximo ano. “Estando eu à frente do Ministério da Saúde, ou qualquer outro gestor público, com mais ou menos experiência, com mais ou menos compromisso, o que se aponta é uma situação inadministrável”, declarou ele, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo publicada nesta terça-feira (29). De acordo com Chioro, caso seja aprovado o Projeto da Lei Orçamentária da forma como foi enviado ao Congresso, os recursos para pagar despesas hospitalares, ambulância e atendimentos médicos podem chegar ao fim em setembro de 2016, deixando três meses descobertos. Ainda segundo o ministro, na prática,as Unidades de Pronto Atendimento(UPAs), Samus, hospitais, prontos-socorros, transplantes, serviços de hemodiálise, serviços de análises clínicas não terão recursos para funcionar. As Santas Casas, as prefeituras e os governos estaduais não terão condições de colocar em funcionamento a operação de serviços sem três meses de repasses. “Essa é uma situação que nunca foi vivida pelo Sistema Único de Saúde nos seus 25 anos. Ela aponta para um verdadeiro colapso na área”, afirmou Chioro, cotado para ser substituído por um nome do PMDB. (Agência Brasil).