Samuel Selestino
A denúncia do publicitário Marcos Valério envolvendo o ex-presidente Lula no caso do mensalão vai dar a ele mais dor de cabeça do que imagina. A partir das averiguações, a Polícia Federal encaminhou à Justiça um pedido para que seja ouvido um dos assessores e amigo próximo de Luiz Inácio, Freud Godoy, que do ex-presidente era, dentre outras coisas, segurança. A decisão foi tomada a partir das investigações das informações de Valério. Valério denunciou que parte da verba do mensalão custeou despesas pessoais do ex-presidente, em 2003. Foram cerca de R$ 100 mil, de acordo com o artífice do escândalo do mensalão. Disse ele que a propina foi depositada na conta de uma empresa de segurança chamada Caso, que tinha em Freud um dos sócios. O segurança, churrasqueiro e lá mais o que fosse, será inquirido pela PF nos próximos dez dias. A movimentação da PF é determinada pelo trabalho do procurador da República, Leonardo Augusto Santos de Melo. O processo ganha volume e desperta atenções. Trata-se de uma vingança de Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Ele acreditava que o fato de ser homem de confiança de um grupo palaciano do PT estaria a salvo de qualquer condenação.