Se para muitos a desocupação da Câmara Municipal do Rio de Janeiro foi um fiasco pela truculência da Polícia Militar, para Eduardo Paes (PMDB), prefeito da cidade, o evento não foi muito problemático. Em entrevista ao RJTV, Paes fez críticas ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), responsável pela ocupação do plenário, por uma greve na rede municipal de ensino que ocorre desde 8 de agosto e disse que a PM agiu “agiu com correção”. “O parlamento é um espaço de diálogo. Que vão lá e discutam com os vereadores. Apresentem as emendas. Esse é o debate. Você não ocupa o plenário. Não acho que seja adequado no regime democrático você invadir um plenário. O presidente da Câmara (Jorge Felippe, do PMDB) levou um soco”, comentou Paes. “A desocupação era necessária. Lá fora (onde houve o uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta) não havia só professores”, completou o prefeito, em entrevista ao Estadão. Paes fez ainda uma defesa do projeto que cria o novo Plano de Cargos e Salários para a rede municipal e disse que o sindicato tem divulgado “inverdades”. Ele rejeita o entendimento de que os professores concursados para cargas de trabalho inferiores a 40 horas semanais serão forçados a se adequar às novas exigências e afirmou que a “polivalência” – segundo a qual os professores qualificados para lecionar nas séries finais do ensino fundamental seriam obrigados a dar aulas para crianças menores – é opcional. O projeto do Plano de Cargos e Salários deverá ser analisado pela Câmara de Vereadores na sessão de terça-feira (1º). (Bahia Noticias).