O Irã lançou dezenas de drones em direção a Israel neste sábado (13), de acordo com as forças de segurança de Tel Aviv. Segundo os militares israelenses, as aeronaves não tripuladas identificadas demoram horas para chegar a território israelense e são defensáveis.
Este é o primeiro ato de agressão do Irã ao território de Israel desde o início do conflito entre Tel Aviv e Hamas, grupo aliado de Teerã, na Faixa de Gaza, e a concretização das ameaças de retaliação ao ataque, atribuído a Israel, à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou membros da Guarda Revolucionária do Irã.
Na TV estatal iraniana, a Guarda Revolucionária confirmou os ataques e afirma que a operação é retaliação pelo ataque à embaixada em Damasco. Em comunicado televisionado, a guarda diz ainda que “atacou alvos em Israel com dezenas de drones e mísseis”. A declaração afirma ainda que o ataque foi ordenado pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e estava sob orientação do Estado-Maior do Exército de Teerã.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, convocou reunião do gabinete de guerra em Tel Aviv. Duas pessoas ligadas à segurança no Iraque afirmaram à agência Reuters que dezenas de drones foram vistos sobre o Iraque em direção à Israel. O ministro dos Transportes de Bagdá afirmou que o país fechou seu espaço aéreo. O Líbano também fechou temporariamente seu espaço aéreo.
O Canal 12 israelense diz que Teerã lançou também mísseis de cruzeiro em direção a Israel —armamentos que atingiriam território israelense em menos tempo que os drones. As forças de Israel ainda não comentaram sobre outro tipo de munição além dos drones identificados.
A Jordânia declarou estado de emergência em meio aos alertas, de acordo com a mídia estatal, citada pela Reuters. Duas pessoas da área de segurança da Jordânia afirmam que o país está pronto para derrubar qualquer aeronave iraniana que viole seu espaço aéreo. O Exército de Amã monitora os drones, segundo essas pessoas.