O Ministério Público Eleitoral apreendeu, na quinta-feira, 23, 2.570 caixas de medicamentos, muitos de tarja preta, que estavam sendo distribuídos aleatoriamente pelo candidato a vereador Joselito de Jesus Sampaio, o “Lito”, do PV. O candidato faz parte da coligação o “Trabalho vai continuar”. De acordo com investigação do MPE, o homem fazia a distribuição dos remédios para possíveis eleitores.
O promotor de Justiça Dario José Kis chegou ao local em que os medicamentos estavam armazenados após receber denúncias. Depois de constatar a veracidade da denúncia, o promotor instaurou procedimento e requereu medida cautelar de busca e apreensão no imóvel alugado e mantido pelo candidato a vereador pelo Partido Verde. Existem denúncias de que no imóvel funcionava o comitê de campanha de Lito. Uma parte dos remédios era tarja preta, que só pode ser adquirido mediante receita médica.
O promotor vai requerer a cassação da candidatura de Lito, requisitar a instauração de inquérito policial para verificar a constatação de crime de tráfico de drogas e saber a origem dos medicamentos. Dário Kist afirmou que, numa perícia preliminar feita por um bioquímico, foi constatado que alguns dos remédios contêm substância entorpecente como princípio ativo. O promotor explica que a distribuição do remédio sem receita configura tráfico de drogas, de acordo com a Lei de Tóxicos.