A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, além de outras sete pessoas. O indiciamento se deve ao incêndio no Ninho do Urubu, o CT do Flamengo, no início de fevereiro. Na ocasião, 10 jogadores da base do clube rubro-negro morreram e três ficaram feridos. As informações são da Globonews. Segundo a emissora, o inquérito – assinado pelo delegado Márcio Petra – considerou que houve uma série de falhas que poderiam ter evitado o incêndio. Dentre os problemas encontrados estão estrutura incompatível – os adolescentes dormiam em contêineres transformados em dormitórios -, ausência de reparos dos aparelhos de ar condicionado instalados no contêiner que incendiou e piora nas condições de alojamento das categorias de base. O inquérito também apurou que o Flamengo, antes do incêndio, se recusou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para que fosse regularizada a situação do CT, além de não cumprir Ordem de Interdição efetuada pela Prefeitura. O CT Ninho do Urubu chegou a ficar interditado de 27 de fevereiro a 11 de março, mas o Flamengo conseguiu liberá-lo após realização de vistorias e a assinatura de um TAC junto ao Corpo de Bombeiros com medidas regularizadoras contra incêndio e pânicoO Estado de S. Paulo aguarda posicionamento do Flamengo e está tentando contato com o ex-presidente do clube.