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Eunápolis: Trabalhadores funerários decidem parar se não forem vacinados

Foto: Radar 64

Em plena pandemia, a população de Eunápolis corre o risco de ficar sem serviços funerários. Os profissionais do setor ameaçam parar de trabalhar caso não sejam vacinados contra a Covid-19. “Nenhuma das funerárias vai pegar corpos até que os trabalhadores sejam vacinados”, disse Alisson Lima, proprietário da Funerária Siaf e do Memorial Santo Antônio, em Eunápolis. “Essa foi a forma que encontramos para pressionar a prefeitura por um direito que é nosso, que está garantido em lei. Todos os dias tem casos de Covid na região e nenhum trabalhador funerário foi vacinado ainda”, explicou.

Segundo Alisson, o governo federal, o Ministério Público e o Sindicato das Empresas Funerárias da Bahia já pediram à prefeitura de Eunápolis que incluísse esses profissionais no grupo prioritário para imunização contra o coronavírus, mas até agora todos os pedidos foram ignorados pela administração municipal. Coveiros, atendentes, motoristas, auxiliares funerários e outros trabalhadores do setor foram consideradas profissões essenciais ao controle da doença pela Lei Federal 14.023, de 8 de julho de 2020. Por estarem em contato direto com os corpos ou com famílias vítimas da Covid, esses profissionais estão muito expostos ao vírus, mesmo com todos os protocolos de prevenção adotados. Em Eunápolis, no entanto, a lei não está sendo cumprida, diz Amilton César, diretor da Funerária Pax do Brasil.

“Estamos direto entrando em contato com o poder público, com a prefeitura, com a Secretaria de Saúde, mas viraram as costas para nós. Eles alegam que a prioridade é o pessoal da saúde e os idosos, mas sabemos que funcionários de uma farmácia, fisioterapeutas e até pessoas que não são da área da saúde já foram vacinados”, afirma. “Não queremos parar, o que queremos é sensibilizar a prefeitura ou os órgãos competentes para que vacinem os trabalhadores do setor”, diz Amilton. Com informações do Radar 64