Secretário de Saúde de Ilhéus na gestão passada, Antonio Ocké, refuta os argumentos do atual prefeito, Mário Alexandre (PSD), de que o fim de contratos de fornecimento de bens e materiais provocou a situação de emergência na área da saúde na cidade. Segundo ele, a gestão anterior entregou uma secretaria “totalmente estruturada, com salários referentes ao mês de dezembro pagos, além de saldos financeiros correspondentes a aproximadamente R$ 10 milhões em contas bancárias”. Ocké afirma que todos os contratos firmados pela administração municipal, inclusive os que venceriam no último dia 31, foram apresentados à equipe de transição. “Por solicitação desses representantes, foi possível prorrogar a vigência de inúmeras contratações em diversas áreas, possibilitando a continuidade dos serviços oferecidos à população”, diz o ex-secretário, em nota. Para Ocké, Mário Alexandre reclama que 23 contratos de prestação de serviços e fornecimento de materiais encerraram em 2016, mas não solicitou a prorrogação dos prazos em nenhum momento. O ex-gestor acusa ainda a atual secretária da pasta de nunca ter participado das reuniões da comissão de transição. “Cabe destacar ainda que, mesmo não havendo solicitações expressas para o setor de Saúde, a gestão da pasta à época decidiu prorrogar alguns contratos fundamentais, a fim de evitar prejuízos maiores à população e conduzir visitas às unidades básicas de atendimento para levantar as demandas de cada uma e tomar providências para manutenção dos serviços”, completa o texto. Com discurso contrário, um relatório da atual Secretaria de Saúde do município aponta que toda a rede vem sofrendo com o déficit de produtos básicos, como medicamentos e insumos odontológicos (veja aqui).