Uma fila com mais de 10 caminhões carregados de amêndoas de cacau já se forma no distrito industrial de Ilhéus. A carga aguarda para ser depositada nos galpões da multinacional Cargil, uma das maiores processadoras desse tipo de material na região. Tentamos contato com a empresa, sem êxito. O sindicalista Luiz Fernandes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Moageira da Região (Sindicacau), explica que um novo método de gerenciamento usado pela empresa permite a descarga de 30 caminhões a cada 24 horas, o que estaria provocando a fila. A isso se soma um incêndio ocorrido no último fim de semana num dos galpões. Fernandes, que esteve no distrito industrial, conta que os caminhoneiros esperam cerca de 10 dias para descarregar. Enquanto isso, contam apenas com um banheiro para tomar banho, cedido pela concorrente Joanes, e têm de arcar com despesas de alimentação e manutenção dos veículos. Os caminhoneiros, relata Luiz Fernandes, acusam a Cargil de, diante das dificuldades em receber a carga, utilizar os veículos como depósitos provisórios. Fonte: Pimenta