Cinco pessoas que estariam envolvidos no sequestro e desaparecimento do cigano Iranildo Gama Queiroz (leia mais) foram presas durante operação deflagrada pela 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Ilhéus. De acordo com o delegado Evy Paternostro, o primeiro apreendido foi o assaltante de bancos Elquizedek Mascarenhas Gomes, que estava foragido do sistema prisional e foi encontrado no dia 21 de agosto pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), na Região Metropolitana de Salvador. Inicialmente Elquizedek negou participação do crime, mas foi delatado pela sua esposa, que denunciou a participação de um indivíduo identificado como Anderson Weber. Com ele foi encontrado um recibo de imóvel alugado pelos homens em Ilhéus. De acordo a Polícia Civil, o imóvel era utilizado como base logística para organizar os sequestros. No local, os policiais apreenderam objetos pessoais, documentos e munições de fuzil. A polícia conseguiu apreender Weber no dia 24 de agosto, que confessou a participação no crime e em depoimento prestado à polícia.
Ele disse que o cigano teria sido executado após o pagamento de parte do regate. No mesmo dia os irmãos ciganos Pascoel e Luciano Ribeiro Dantas, foram presos em Vitória da Conquista. Eles eram apontados como mentores do sequestro e já possuíam prisão decretada pela Justiça. Dois mandados de busca e apreensão no imóvel dos irmãos resultaram na apreensão de três pistolas, três revólveres e munições, além de celulares, documentos relacionados à investigação. Após o depoimento, a polícia conseguiu identificar a agência e conta corrente onde estava parte do dinheiro do resgate, pago pela família de Iranildo e que havia sido depositado por Weber. O valor foi bloqueado pela Justiça. Girlene Souza Nascimento tentou sacar parte do dinheiro e foi presa em Cuiabá pela Polícia Civil do Mato Grosso. Quatro outros integrantes do bando foram identificados e estão com mandado de prisão em aberto. São eles: Adilson Pimentel Dantas, o “Lobato”, André Luís Carvalho, o “André Goiano”, integrante do PCC, e um homem apelidado de “Ubaitaba”. Todos estão sendo procurados pela polícia. “Outras pessoas estão sendo investigada como partícipes, pois forneceram cartões de crédito para despesas e contas correntes para movimentação de valores obtidos com o resgate pago”, explicou o delegado Evy Patesnostro.