As chuvas que vêm caindo em Itabuna, no sul da Bahia, nas últimas semanas, contribuíram para amenizar o sofrimento dos moradores da cidade, que há quase oito meses vinham recebendo água salgada nas torneiras de casa. Graças à chuva, a captação da água voltou a ser feita no trecho do Rio Almada onde fica a estação de Rio do Braço, onde á agua é doce. Já a estação de Castelo Novo, de onde vinha a água salgada, foi desativada temporariamente. No auge da crise hídrica, a água distribuída pela Emasa chegou a apresentar 2.250 mg de cloreto por litro de água, índice nove vezes mais que o tolerado pelo Ministério da Saúde, que determina no máximo 250 mg de cloreto por litro de água. Desde o início de agosto, o índice de salinidade vem caindo, e agora está em torno de 30mg/l. A água que está chegando à estação de tratamento da Emasa já está doce, entretanto a Emasa não recomenda que os moradores bebam ou cozinhem com ela. Segundo a empresa, ainda é esperada uma análise da Vigilância Sanitária, já que só ela pode autorizar o consumo humano. Mesmo com a melhora na qualidade da água, alguns moradores ainda dizem que ela está com aparência estranha, amarelada. A emasa informa que têm feito testes todos os dias para monitorar a qualidade da água distribuída e, segundo a biomédica do laboratório central, a água está amarela por causa da tubulação que foi danificada. “O cloreto estava em um índice muito alto: 2.250mg/l. Então, nas nossas casas, a gente já tem um material que foi danificado, nas não é necessário trocar a rede”, afirma a biomédica Sandra Nascimento. Se a chuva continuar, a previsão da Emasa é que o problema seja resolvido nas próximas semanas, já que a água doce vai limpar a tubulação. A Vigilância Sanitária reforça, contudo, que o consumo ainda não está liberado, e que avisou à Emasa que os últimos testes mostraram contaminações. (G1)