Clébia planejava passar o reveillon do ano passado em companhia de amigos, mas até hoje ninguém sabe do paradeiro dela. Ao invés de comemoração e alegrias, dor, tristeza e uma angústia que já dura a longos meses. No próximo dia 30 de dezembro, completa exatamente um ano que a estudante Clébia Lisboa desapareceu em Itabuna, após sair da casa onde morava no bairro Pontalzinho, para comprar um par de sandálias. A última pessoa a estar com a jovem foi um taxista, que a deixou na praça do bairro São Caetano. O circuito de câmeras de uma farmácia registrou imagens da moça até ela sumir na rua. O Diário Bahia manteve conversou, por telefone, com o funcionário público Crispiniano Lisboa, pai de Clébia. Segundo ele, o último contato que teve com a delegada Sione Porto, responsável pelo caso na época do sumiço, foi há quatro meses, quando ela informou que o inquérito tinha sido reaberto e estava à disposição do Ministério Público. Também foi passado para o homem sobre a quebra do sigilo telefônico da filha. “Mas não fui informado sobre o teor das conversas”, ressalta. Para a família de Clébia só restou a saudade e a indignação pela falta de respostas. “Colocaram uma pedra em cima do caso, assim como tantos de outras jovens que desapareceram e ficou por isso mesmo. Eu sinto vergonha dessa Justiça”, desabafou Crispiniano. O estudante Silvio Paulo Maciel, ex-namorado da jovem, chegou a ser ouvido na qualidade de suspeito pela delegada Sione Porto. Embora existissem históricos de ameaças e agressões contra a moça, a polícia alegou provas insuficientes para indiciá-lo. Clébia cursava Administração na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Itabuna. Ela também passou pelo quadro de funcionários da extinta sucursal do Jornal A Tarde.