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Prefeito ‘Fernando Cuma’ torrou R$ 2,5 milhões no carnaval antecipado de Itabuna

Foto: Reprodução

Sem quitar salários, o prefeito Fernando Gomes torrou R$ 2,5 milhões no carnaval antecipado de Itabuna, apesar da risível alegação do secretário de Administração, Dinailson Gomes, de que o município só gastaria R$ 90 mil em recursos próprios na festa. Segundo os sindicatos, a Prefeitura pagou o salário apenas dos servidores que ela precisava para trabalhar no carnaval antecipado, como guardas municipais e agentes de saúde. Os outros continuam sem receber o salário e parte do 13º. Dinaílson declarou que, além de só gastar R$ 90 mil, o pagamento seria feito em duas parcelas, em abril e maio. O secretário só inclui em sua estranha conta o cachê dos artistas locais, omitindo vários gastos obrigatórios para a festa. O Ministério Público Estadual, que intimou a Prefeitura a enviar as planilhas, afirma que o valor está muito longe do real e entrou com perdido na Justiça para que as verbas da Prefeitura sejam bloqueadas para garantir o pagamento dos professores. O jornal A Região já tinha denunciado que o gasto do carnaval antecipado seria muito melhor, citando as licitações de trio elétrico e de banheiros químicos. Nesta semana o promotor Inocêncio Carvalho detalhou outros gastos, através da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC). A soma já ultrapassa os R$ 2,5 milhões e pode ser ainda maior. O MP listou entre os gastos a locação de sistema de sonorização e iluminação, por R$ 764.800; a aquisição de material gráfico, R$ 98.270; a locação de estruturas de eventos, R$ 1.042.396,50. Mais o fornecimento de lanches em kit, R$ 97 mil; fornecimento de refeições acondicionadas em quentinhas, R$ 28.500; fornecimento de buffet, R$ 227 mil; locação de banheiros químicos, R$ 193 mil; hospedagem, R$ 29.500, criação artística e execução visual decorativa, R$ 32.500. Ainda filmagem, edição e fotografia, que vão custar R$ 54.200. O total ficou em R$ 2.567.561,50, com a maioria dos contratos feitos ainda no final do ano passado. Porém, faltou o contrato dos trios elétricos (R$ 160 mil, apesar de a FICC já ter um contrato de R$ 300 mil para uso ao longo do ano). Também existe um contrato de “material elétrico para o carnaval”, de R$ 55.784,90, publicado no D.O. do dia 10. É preciso apurar ainda se houve contrato de cobertura da festa pelas tevês e rádios, que envolvem pagamento da Prefeitura. O total pode passar fácil dos R$ 3 milhões.