O presidente estadual do PMDB, deputado federal Lúcio Vieira Lima, enviou ao Bahia Notícias uma “nota de esclarecimento” na qual apresenta sua versão sobre o papel que o governo federal tem desempenhado, através do Ministério da Agricultura, para viabilizar o transporte de grãos até os produtores rurais atingidos pela seca, em resposta ao que disse o secretario estadual da Agricultura, Eduardo Salles.
Segundo Lúcio, “apesar de o secretário Eduardo Sallesnão pensar assim, o Governo Federal tem envidado esforços para ajudar a resolver o problema dos pequenos criadores na alimentação do seu rebanho, acarretados pela seca e agravados, em alguns estados, como no caso da Bahia, pelo fato do Governo do Estado não ter planejado e executado políticas de ações preventivas ao combate a esse flagelo que se configura – como se sabe – como um fenômeno sazonal”, afirma o peemedebista.
De acordo com o texto, “o Ministério da Agricultura determinou que a Conab colocasse o estoque regulador à disposição dos criadores, a preço subsidiado” e “apesar de todas as dificuldades encontradas para transportar o produto, devido à crise no setor de transporte, num esforço hercúleo, o cronograma planejado vem sendo executado”. Ainda segundo a nota assinada pelo presidente do PMDB na Bahia, “alguns estados que apresentam situações mais delicadas, como Pernambuco, Ceará e Piauí – e não apenas a Bahia, como afirma o Secretário – firmaram uma parceria onde a Conab liberaria o plus – que no caso do nosso estado é de 1,8 toneladas a mais, ficando o Governo Estadual responsável pelo transporte desse adicional, que até hoje a Bahia só conseguiu trazer cerca de 30%”.
No texto, o dirigente afirma também que “o secretário [da Agriculutra] deveria, ao contrário do que fez – jogando a culpa no Governo Federal –, acelerar o transporte dessas 1,8 toneladas e apelar ao governador do estado que não se ausente no momento em que os pequenos criadores baianos necessitam de socorro”. Lúcio Vieira Lima conclui a nota afirmando ter a “certeza” de que o titular da Seagri “reverá sua posição no equívoco que comete ao adotar uma prática política conhecida de que, o pouco que se tem de bom na Bahia, mesmo sendo do Governo Federal, creditar ao Governo do Estado, e o muito que tem de ruim, mesmo sendo responsabilidade do Governo do Estado, creditar ao Governo Federal”.
(Bahia Noticias)