Os mais de 100 dias de paralisação dos professores trouxeram prejuízo às avaliações do governo do estado e do governador, com base em pesquisa feita pelo Correio da Bahia junto com a Futura, dados revelam um aumento significativo da rejeição do Governador da Bahia, pela população. A pesquisa CORREIO/Futura mostra que para 87,7% dos entrevistados, a qualidade do ensino público é hoje o pior problema do estado, acima da saúde (ruim e péssima para 83,2%) e da segurança (73,9%), entre as atribuições estaduais com avaliações mais críticas.
A condução do governo estadual na greve da Polícia Militar no início do ano é melhor avaliada (49,9% de aprovação x 46,1% de reprovação) do que na paralisação dos professores (51,6% desaprovaram) . Para 86,7% dos entrevistados, o governo deveria atender às reivindicações dos professores. A má avaliação do governo baiano em julho é equilibrada entre os sexos : homens (70% ruim/péssimo) e as mulheres (68,5%) e mais crítica nas maiores faixas etárias, com reprovações de 74,7% entre quem tem de 40 a 49 anos e 73,4% de 50 a 59 anos. O desgaste após os três meses de greve foi um pouco menor entre os mais jovens: 59,4% entre 16 a 19 anos.
Na divisão por classes sociais, a avaliação negativa da gestão estadual em julho cresce nas classes A/B, com 80,7% de ruim e péssimo contra 67,4% nas D/E. A nova classe média é um pouco mais generosa: 64,9% de reprovação. É ali que o governo estadual tem seu melhor desempenho com 13,8% de aprovação. Nas classes A/B, este índice cai para 5,3% de ótimo/bom, com 8,7% de aprovação nas faixas D e E. A pesquisa CORREIO/Instituto Futura foi realizada entre os dias 16 e 19 deste mês, com 399 entrevistas em Salvador. A margem de erro é de 4,9%.