Kelly Mendes Barreto, acusada de matar o marido e dois filhos pequenos por envenenamento, foi liberada do Conjunto Penal de Itabuna na última quinta-feira (14). A decisão foi baseada em um laudo psiquiátrico que diagnosticou transtorno de personalidade dissocial (psicopatia), isentando-a de culpa pelos crimes.
O juiz Gustavo Henrique Almeida Lyra, da Vara do Júri e Execuções Penais de Ilhéus, absolveu Kelly devido à “incapacidade biológica de autogoverno” constatada no relatório. Em vez de permanecer presa, ela cumprirá tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) por, no mínimo, três anos.
Em junho de 2023, Kelly assassinou o marido, Marcos Paulo Mendes Santos, de 23 anos, e os filhos Benjamyn Kleyton, de 4 anos, e Rosymary, de apenas 1 ano e 7 meses, usando veneno. A decisão gerou revolta na comunidade, levantando questionamentos sobre a aplicação da legislação em casos de crimes bárbaros como este.
A Justiça justificou a solução com base no Código Penal Brasileiro, que prevê a inimputabilidade de pessoas com transtornos mentais graves. No entanto, a liberação de Kelly causou indignação e reforçou o debate sobre a proteção às vítimas e seus familiares em situações extremas como esta. (Redação: Jackson Cristiano/Ubaitaba Urgente)