Uma operação conjunta do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e Polícia Civil foi deflagrada, no início da manhã desta quarta-feira (16), em todas as sedes da Aspra (Associação dos Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia), na capital e interior. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), todas as sedes foram interditadas por determinação da Justiça baiana e são alvo de uma operação do MPBA, com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio das Polícias Civil e Militar, para cumprimento de mandado de busca e apreensão. A decisão da Justiça atende a pedido formulado pelo MP, que sustentou que a entidade tem realizado assembleias incitando movimento paredista da classe dos policiais, afrontando o artigo 142 da Constituição Federal, e causando grave risco à segurança pública e à coletividade.
Ainda de acordo com a SSP, a operação acontece em Salvador, Alagoinhas, Barreiras, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Santo Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. Além da interdição e da busca e apreensão de documentos, computadores e dinheiro, também foi determinado o bloqueio das contas da entidade. Vinte promotores de Justiça participam da ação. A ação ocorre após o grupo anunciar a greve dos PMs, no dia 8 de outubro, e serem acusados de vários atos ilícitos, como invasões, arrombamentos e ligações com o tráfico. O MP abriu um inquérito para apurar os casos contra os policiais na semana passada e a Corregedoria da PM também instaurou inquérito na última terça-feira (15).