
O município de Sigefredo Pacheco (Piauí), a 160 km de Teresina, está no centro de uma grave polêmica envolvendo política, exposição de intimidade e uma tragédia. Uma professora de 32 anos, que havia registrado um Boletim de Ocorrência contra o prefeito Murilo Bandeira (PT) por vazar suas fotos íntimas, foi encontrada morta na madrugada da última quinta-feira (6).
Segundo informações dos portais de notícias, A10+ e GP1, a vítima relatou no Boletim de Ocorrência que, ao chegar em casa, seu companheiro mostrou ter recebido imagens íntimas dela, supostamente enviadas ao prefeito em 2021, período em que ambos teriam tido um envolvimento amoroso. Ainda conforme o registro, a professora tentou contato com Murilo Bandeira, mas não obteve resposta.
A Polícia Civil investiga o caso e trabalha com a hipótese principal de suicídio, devido à repercussão das imagens em grupos de mensagens na cidade. No entanto, outras possibilidades, como homicídio, não estão descartadas.
MEDIDAS PROTETIVAS E REPERCUSSÃO
Diante da gravidade da denúncia, a juíza Fernanda Marinho de Melo Magalhães Rocha, da Vara Núcleo de Plantão de Teresina, determinou medidas protetivas em favor da professora no dia 4 de fevereiro. A decisão reconheceu risco iminente à integridade da vítima, classificando o caso como violência doméstica.
A Justiça proibiu o prefeito de se aproximar da professora e de seus familiares a menos de 500 metros, além de entrar em contato por qualquer meio, incluindo redes sociais. Também foi vetada a divulgação de outras imagens íntimas sem o consentimento da vítima. Para garantir a segurança da professora, ela passou a ser acompanhada pela Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar do Piauí.
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Após a repercussão do caso, a assessoria jurídica de Murilo Bandeira divulgou uma nota negando as acusações e classificando-as como fake news. O prefeito acionou a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública do Piauí para apurar os fatos. A Polícia Civil segue investigando a origem do vazamento das imagens, a responsabilidade pelo ocorrido e as circunstâncias da morte da professora. (Redação: Jackson Cristiano/Ubaitaba Urgente)