A Bahia tem, atualmente, 11 mil pacientes que sofrem com problemas renais e mais da metade, cerca de seis mil, depende da hemodiálise para sobreviver. Para a realização deste procedimento, as clínicas consomem 400 litros de água potável por sessão. Preocupado com a continuidade dos atendimentos a estes pacientes, o deputado estadual Sandro Régis (DEM) encaminhou uma Indicação à Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), solicitando a isenção na cobrança das tarifas de esgoto às entidades prestadoras de serviços de hemodiálise.
“Só considerando que os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pela Embasa, Emasa e SAAE, todos regulados pela Agersa, são remunerados sob forma de tarifas e que a tarifa de esgoto é fixada em percentagem sobre a tarifa de água é que vejo o quanto é gasto pelas clínicas de hemodiálise, cuja matéria-prima primordial para a Terapia Renal Substitutiva é a água.
Os custos de água potável e de tratamento dessa água correspondem a 9% do faturamento que as clínicas recebem do SUS e são obrigadas a gastarem”, explicou o parlamentar. No estado, existem cerca de 35 centros de hemodiálise, sendo que dois deles desistiram de prestar tal serviço e pediram descredenciamento do SUS em dezembro de 2016, deixando 270 pacientes sem hemodiálise.
Destes 35 pontos especializados, 25 estão sob gestão dos municípios. Em Salvador, oito centros estão disponíveis e tratando aproximadamente 1300 pacientes, que é a capacidade máxima das vagas. Para o deputado, a isenção da tarifa permitirá que os custos sejam reduzidos e mais pacientes sejam atendidos, permitindo o salvamento de mais vidas. Além de proporcionar atendimento aos enfermos e estimular novos convênios e parcerias.